sábado, 26 de outubro de 2013

Dias a vulso

Levantou-se, mas manteve as cortinas fechadas, outro dia de ressaca. Olhou no relógio, sem se preocupar com o horário, era desnecessário. Abriu seu armário e separou sua roupa, tomou um banho de água quente e vestiu-se, fazia frio. Tomou seus remédios e fez um café forte. Leu sua sorte no tarô egípcio. Anotou o que sonhou para não se esquecer, e decidiu se entorpecer o que já era de se esperar. Pegou as pedras no seu esconderijo, separou as cinzas do cigarro; enquanto isso preparava uma bebida para ficar relaxado. Desligou o telefone para não ficar preocupado. Enquanto o mundo estava girando, ele estava parado. Enquanto as pessoas estudavam, ele se drogava. Enquanto as pessoas viviam, ele se matava.

(Bruno T.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário