terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Insônia

E quando você já desconfia de si mesmo,
se vê, mas não se enxerga no espelho,
já percebeu que não há cura do próprio veneno,
pediu desculpas mais de uma vez por dia,
tentou tornar dos transtornos poesias,
já não têm mais justificativas além das pílulas,
diz sobre princípios, mas não reconhece mais seus atos,
sabe da gravidade, mas gosta do impacto;
Mas quando deita com a cabeça no travesseiro,
esperando a cobrança interna vir à tona,
fazendo da insônia sua desagradável companhia,
te perturbando até surgir o primeiro raio de luz do dia.
Seu passado te detém, seu presente te confunde, seu futuro te ilude.
Solidão ou Satisfação?
Lição do silêncio ou repetição do perdão?
Quer dizer algo profundo, intenso, mas as palavras bloqueiam;
Perca da posição para a razão, prefiro assim..
Só não quero e não irei fazer algo que não seja bom para mim,
Afinal, se alguém quiser sua mudança,
você preferirá manter distância,
E se todos quiserem uma parte de ti, ou roubar-te de si,
Não sobrará nada além de complacência,
e todas as ausência da impecabilidade que te guardou,
Se desfaz junto com a intimidade que alguém te roubou,
E apesar de todas circunstâncias e revoluções internas,
você descobrirá que seu temido ego, talvez seja apenas amor-próprio.
E que sua única prioridade, é assumir um compromisso com a realidade.

(Bruno T.)

2 comentários: