sábado, 2 de novembro de 2013

Renascimento

Despedi-me das tuas garras, desfiz uma maldição fatal aos poucos, até que por completo. Selecionei as minhas armas, me protegi com meus escudos. Pedi aos deuses por piedade, que preservassem minha alma, pedi aos deuses que me glorificassem com o veneno da áspide e a imortalidade da sabedoria. Sujei minhas mãos cavando minha cova, cuja você me ordenou e rebelou seu encosto diante do encantamento repugnante que me conduzia. Amarrei o cordel na pele com ira, jurando jamais esquecer-me, e por fim, pude ter a graça de sorrir no seu funeral enquanto observava tudo sobre a terra. Rodeado de mentes corrompidas se lamentando por falta da tua cria, que contagia despercebidamente, até que corrói tudo o que se sente. E do que seria o fim, eu o refiz, e virei parte da vida.

(Bruno T.)

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